Isso mesmo, meus queridos! Estamos criando um canal de TV aberta - é só sintonizar o seu televisor num canal de internet - com alguns clipes das músicas que estamos ensaiando - e outras a ensaiar, como sugestão - aqui no nosso blog.
Nesse processo de colheita, encontramos esse vídeo aqui, algo raro de se conseguir na net.
Vou deixar aqui o link do nosso canal no YouTube. Ao momento, catalogados temos uns 45 vídeos. Alguns repetem músicas, pois estão com letras. Outros são sugestões de pessoas - tanto internas quanto externas ao grupo - e o que vocês quiserem sugerir, podem colocar na parte de comentário, que estarei buscando os vídeos.
In Congruentes TV Canal de Rock
De resto, espero que gostem.
domingo, 1 de agosto de 2010
sábado, 31 de julho de 2010
Expectativa
Depois de iniciar a banda e agora tendo-a completa, eu sempre fico na expectativa de vir o próximo ensaio, mas tenho que afirmar que no nosso primeiro show eu estava morrendo de medo. Algo que já disse num outro texto, só que agora tenho um novo ambiente para destilar percepções. Tive medo, pois sou tímido, por mais que meus amigos mais próximos digam-me o contrário. Sim, sou tímido, tremia-me demais, não sabia para onde olhar, vi em vários olhos aquela expectativa de um bom show e ainda, mal-preparado para o baque, escutei a guitarra de André começar o primeiro riff de Jumpin Jack Flash - era a deixa, o show estava começando. Danilo entrava no segundo riff, eu daria um grito pra finalizar a entrada após o quarto riff e a música deslancha depois dessa sequência.
Diga-se de passagem, naquela época éramos só nós três. O baixista e o baterista foram pessoas que conhecemos no dia, que até conheciam as músicas, mas não as leves mudanças que fizemos num grau de adaptação que toda banda cria para traduzir a sua interpretação. Eles fizeram o possível pra manter a música crível e boa, até conseguiram. Mas meu suor, meus olhos arregalados e minha garganta que se secou instantaneamente traduziam um amadorismo de primeira viagem. Não podia, porém, deixar que essas coisas estragassem aquela primeira apresentação. Como alguns sabem, da primeira formação dos Congruentes - até chegarmos a In Congruentes agora - eu e Danilo sempre estivemos juntos. E Danilo estava em cópula - sim, fui eufêmico - com aquele momento, não poderia estragá-lo, por ele. Nem principalmente por André, pois o show era uma audição da professora de guitarra deles - alguns dizem professor, pela rispidez - e ele transmitia uma calma para lá de abissal. Só lembro ele bater em meu ombro e dizer, Calma, Bonitão. E eu não senti a calma.
Fiz o que devia fazer. Cantamos a sequência: Jumping Jack, Money - sem o backing vocal deles, a música ficou vazia e depois eu fiz esse backing - e Geração Coca-cola. Nessa, depois de um pouco mais confiante, acabei por esquecer a primeira estrofe e fui no "enrolation", depois a letra apareceu. As pessoas cantavam conosco, aplaudiram o fato de eu não ter deixado a peteca cair quando esqueci a letra - até porque eu falei, Ih esqueci a letra, alguém lembra aí?, e muitos riram. - depois disso, o show foi aquela sensação de paz, tudo muito gostoso. Nesse ponto vi que a plateia não é apenas um grupo que critica, mas pessoas atrás de diversão. Alguns até a cobram, outros apenas buscam que ela exista. Me diverti. Todos se divertiram. A coisa foi bonita. Assim que der eu coloco as filmagens no YouTube.
Agora, temos uma banda completa. Com um senhor baixista e um senhor baterista - calma Afonso, não estou chamando-o de coroa, coroa - mas a síntese que quase não foi possível no show, hoje se mostra tão simples e fácil. Por exemplo, as mudanças que fizemos em Jumpin se concentram na linearidade da música e principalmente na bateria, com muito mais empolgação. O baixo faz aquele toque mais agudo do final do quarto riff da guitarra e eu entro, a bateria vai do segundo riff em diante, deixando a música ininterrupta, algo que deu à música um toque mais firme e de metal. Ao final dela, emendamos com Money, outro gritinho, um toque na guitarra e depois todos juntos. E de novo bateria em riste, junto com dead notes de André e baixo a acompanhar o vocal. E nessa música, o vocal entra mais como um instrumento do que como um declamador de uma poesia ritmada. Ali somos os In Congruentes.
Do resto do set, eu prefiro deixar que o tempo e os shows possam mostrar a todos que nos acompanham as sutis evoluções que uma banda pode ter. O negócio é sempre tocar com emoção - por mais adolescente que isso possa parecer - e que essa emoção esteja para todos, tanto pros que tocam, como para aqueles que conseguem sentir a verdadeira vibração de uma música.
Um beijo a todos.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Bem no comecinho!
Sei que pra primeiro post, todos esperam que eu faça uma relação histórica do surgimento da banda. Mas não o farei. Como primeiro post, eu vou apenas comemorar o fato de um sonho que se concretiza, e por mais piegas que pareça, essa é realmente a concretização de um sonho.
Num primeiro momento, o fato de um dia eu ter encontrado Danilo, ele ter me chamado para uma banda de faculdade chamada Congruentes e anos depois ter vindo André pra minha vida e juntado as forças, isso é que é sorte. Hoje somos uma banda completa, Fábio, um puta baixista de um perfeccionismo para lá de dantesco, Afonso, nosso baterista, equilibrado, singelo e forte nas horas certas trouxe uma pegada muito intimista e de uma capacidade para lá de imaginável. Isso é sorte, e dessa sorte que vou falar.
Quando se junta um grupo para fazer uma banda, tem que ter em mente que certas coisas não darão certo, e principalmente haverá aquele embate entre os integrantes. Isso foi o que sempre escutei em uma banda que chega ao auge, que depois se torna profissional demais, fica sem o elo inicial da amizade. Sim, não somos uma banda profissional, estamos nos profissionalizando, mas sem perder aquele caráter inicial de um lugar para se divertir. Somos músicos, isso nem se questiona, mas a priori somos amigos que amam música. Essa é a principal marca de nossa banda, e é ela que gostaria que todos percebessem. Uma boa banda, que nunca se perde, é aquela que mantém intacta essa primeira relação de amizade. O negócio é crescer vencendo erros, e que esses erros sejam vencidos no coletivo, um ajudando o outro a vencer e não diminuindo-o, o próximo, pois ele não consegue fazer um riff ou tocar um trecho. O que está ao lado, na banda, o ajuda. Isso nós sempre fizemos, algo que potencializou a nossa amizade.
Tiro isso pela sensação da entrada dos dois últimos integrantes. Fábio, quando veio tocar conosco, disse que éramos para ter calma, pois algumas músicas eram novas demais para ele, respondemos, sim, no plural, calma, estamos aqui pra isso mesmo, para aprender e se divertir. Naquela manhã de domingo, na casa do André, acabamos perdendo a noção do horário e tocamos até duas da tarde, vencendo a fome normal - haja vista as batatas fritas com requeijão e orégano da Núbia - e tocando pelo mero prazer de conhecer a música. Já o Afonso, nosso batera, quando foi ao estúdio mostrar sua capacidade, deixou a todos em êxtase, também com aquela sensação de que éramos para ficarmos mais, mas o dono do estúdio não deixou - Minc ia gravar jingles para sua campanha. Mas estávamos tão felizes que ficamos acordados até três horas da manhã - de acordo com relato dos integrantes no ensaio seguinte.
Por isso, bem no comecinho desse nosso blog, queria que ficasse registrada essa sensação de uma banda em descoberta, vítima - ou fruto - de uma amizade boa, equilibrada - e in consequente - de um mundo que se faz no elixir do bem estar e que busca sempre o sucesso através do sorriso. Isso é In Congruente!
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